segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Lembranças

Da vida,
nada trouxe
e nada levo.
Apenas carrego comigo
as lembranças
de uma vida vivida
com toda a intensidade,
compromisso e respeito.
E aonde quer que eu vá,
levo comigo todo o Amor,
carinho e felicidade
à que tenho direito.
 
 
 
Robson Silva.

Será que nós mudamos o caminho ou o caminho nos muda?

Estradas sempre nos levam em alguma direção... mas em qual direção?
Parece muitas vezes que estamos andando em círculos... vivendo e revivendo situações anteriores.
Mas os caminhos mudam... e nós também.
Será que nós mudamos o caminho ou o caminho nos muda?
Neste ponto em que não sabemos mais ao certo a razão do por que estamos nesta estrada, surgem as encruzilhadas.
Elas podem tanto nos dar novas opções quanto nos deixar mais confusos ainda.
Mas em algum momento, temos que nos decidir... pois ficar parado, não adianta de nada... é preciso escolher um caminho e seguir em frente.
Seguir em frente, é a única opção.
 
 
 
 
 
Robson Silva.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Na minha ânsia de dar-lhe alguma coisa...
 
Dou-lhe palavras.
 
 
 
 
 
Robson Silva.

Ei...

...e quanto a mim? ah, tem dias que eu não sou nada,
que não tenho vontade de ser nada,
e não fico mal por isso,
então, recomeço. e aquilo que foi um nada...
ah, passou.



                                    Robson Silva.

Olá... sou eu... prazer em me conhecer.

Incrível como a percepção é aguçada quando se está longe do ambiente corriqueiro, e nada escapa aos olhos e ouvidos em uma noite no quarto de um hotel. Esta simples constatação me diz o quanto que no dia-a-dia tende-se a passar desapercebidamente e conformar-se com a própria existência, bem como pontua a necessidade de se viver algo novo e assim sair da rotina para poder enxergar o que escapa ao olhar e ouvir o que não se é capaz de escutar. Enxergar o que se vê e escutar o que se ouve aponta para maior de todas as necessidades humanas: um tempo para auto-reflexão. Olá... sou eu... prazer em me conhecer.
 
 
 
 
                                                                       Robson Silva.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Crescer

Crescer não tem nada a ver com estatura,
crescer te a ver com decisões,
com opniões.
Crescer tem a ver com obrigações!
Mas ao contrário do quea maioria diz, e pensa,
não são as escolhas certas que te fazem crescer,
são as escolhas erradas.
É o murro na ponta da faca,
que te faz entender,
que a dor não é algo bom.



Robson Silva.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Acredito, Acredito, Acredito e Acredito.

Muitos dizem que é loucura!
Uma exaustão sem fim..
Que eu tenha limites!
'Me mandam ter limites'.
E que isso não se dará...

Respondo apenas que em meus sonhos ...
Não imponho limites!

Nessa hora, apenas fecho os olhos e então...
 Acredito'Acredito'Acredito e Acredito.
Bem assim mesmo sem pausas...

Porque tem coisas que foram feitas 
pra serem um dia de qualquer maneira!

Apenas são e um dia 'SERÃO'...
 
 
 
 
Robson Silva.

Coração

Coração tem que ser assim mesmo, um pouco dolorido e louco, queimado pelo gelo e fogo, porem, equilibrado e confortado. Se não for assim viverás seus 80 anos e morrerás com um coração rosa e inchado de desejos nunca alcançados.







Robson Silva.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Faz tempo que não compreendo nada

O anjo aproximou-se e me disse palavras que não comprendi. Faz tempo que não compreendo as palavras. O anjo então chegou mais perto e tentou conversar com gestos. Faz tempo que não comprendo acenos. O anjo então abriu a janela e o tempo passou diante de mim, como um relógio que se quebra para sempre e leva nos seus ponteiros as coisas que passaram, como se fosse assim viver a possibilidade da vida. O anjo então abriu a porta da casa e entraram as ovelhas que passeavam no campo. O anjo então saiu e trouxe algumas flores silvestres para o vaso de porcelana da sala que não existia. E na parede um relógio batia os minutos, um atrás do outro, um atrás do outro, um atrás do outro, todos os minutos escondidos nas engrenagens delicadas de ouro. Depois o anjo partiu deixando uma carta que vou ler amanhã.




Robson Silva.

Espelho


Eis o espelho vazio. Há pouco via nele meu rosto com algumas cicatrizes, mas meu rosto desapaceu. Entro então no espelho e vivo tudo do outro lado de mim, como se no avesso, a procurar-me especialnente onde não existe mais nada. Eis o espelho vazio. Eis a face vazia. Eis os dedos a apontar para direção nenhuma. Eis o espelho vazio, onde perdi minha imagem. Tornei-me invisível dentro de mim mesmo, diante de um espelho que me observa os movimentos e me faz calar as últimas palavras que achei pelas ruas e em alguns livros que permanecem mortos nas estantes. Eis o espelho vazio, o olhar que se perdeu, um calendário que passa ao contrário, com os dias sempre contados para trás. Eis o espelho vazio, onde permaneço sem palavras. As palavras também saltam ao contrário. E nesse universo do outro lado de mim, deixo silenciar todo sentimento, que não serve mais.










Robson Silva.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Eu e o mar


Diante do mar eu me sinto melhor. Eu me reinvento. Especialmente estando sozinho diante do mar. Ao mar não se deve dar as costas. Eu gosto de ver o mar de frente, como se fosse um navegador em busca de mim mesmo. Diante do mar eu penso muito nas coisas, eu que não tenho mais pensamentos. Diante do mar eu ouço todas as coisas, eu que não ouço mais nada. Diante do mar eu falo todas as palavras, eu que não falo mais. Diante do mar eu vejo tudo e o que não vejo eu adivinho, exatamente eu que que não sei mais ver. Estou diante do mar, equivale dizer que estou diante de mim. Às vezes fico triste, diante do mar. Mas é uma tristeza que me faz bem. Uma tristeza que me faz pensar que ainda tenho um alma. Diante do mar eu costumo chorar, mas é uma lágrima que me faz bem, porque me mostra que é possível amar as coisas com um amor desconhecido, sem interesse algum. Diante do mar eu converso com as gaivotas e elas me dizem segredos que guardo dentro de mim para sempre. Diante do mar eu me sinto melhor. Diante do mar eu esqueço de tudo. Diante do mar a ferida se fecha. Diante do mar o soluço deixa de existir na minha boca. Diante do mar eu escrevo até cartas de amor para ninguém. Diante do mar eu sou capaz de dizer que me sinto feliz.








 Robson Silva.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Atrás de portas frias

Atrás de portas frias,
o homem está só...
enclausurado entre quatro paredes,
em silêncio ele permanece.

Na companhia da solidão,
ele se sente protegido...
à salvo de tudo e de todos
nesse mundo tão frio.

Na escuridão fria,
o homem está só...
ele pensa por um instante,
se tudo não poderia ser diferente.

Mas ele tem medo...
medo de ousar.
Medo de outra vez
acreditar nos Sonhos.

Atrás de portas frias,
o homem está só...
se é por que quer ou não,
quem poderá saber?
 
 
 
 
 
Robson Silva.

Pesadelo

Eu acordo no meio da noite suado e ofegante.
Olho para as coisas ao meu redor e não reconheço nada.
Levanto da cama e ando por um quarto que não é meu e olho no espelho para um rosto que não me pertence.
E digo para mim mesmo:
“Isso é apenas um sonho.”
O rosto no espelho olha para mim e diz:
“Sim... mas não é apenas um sonho... isso é um pesadelo.”
“Mas... de quem será esse... pesadelo?”
O rosto no espelho suspira e murmura:
“Tenho medo.”
“Tenho muito medo de acordar e descobrir que eu é que sou o sonho e que não existo de verdade.”
“E como saberemos quem é o sonho e quem é o sonhador?”
“Quando um de nós dois acordarmos.”
“Mas... mas isso, é... apavorante.”
“Sim...” – respondeu o reflexo – “Por isso é que se chama pesadelo... você nunca sabe quando começa ou quando termina”.
 
 
 
 
 
 
Robson Silva.

Nada substancial

Ele tem dúvidas
sobre o futuro.
Ele tem perguntas
sobre o passado.
Ele tem pensado
sobre o presente
e sente que há
algo errado.

Ele não é feliz...
e finge que está
tudo bem.
Ele tem cicatrizes
na alma...
coisas que ele não conta
para ninguém.

E quando a luz
se apaga...
e o silêncio se torna
ensurdecedor,
ele lamenta e chora
a falta que faz viver
um grande Amor.

Ele está tão cansado
de dormir e acordar
com a solidão...
ele está tão cansado
do vazio em seu
coração.

E todo dia, ele faz
tudo sempre igual...
se refugia na rotina
de uma “vida normal”
aonde nada acontece...
nada substancial.
 
 
 
 
 
 
 
 
Robson Silva.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

De tanto que me amou

De tanto que me amou,
Mulher,
Você me estragou.
Mulher,
Com seu maldizer
Estragou o que seria mais forte em meu ser

Às vezes te odeio pelo que sou
E é um ódio bem inofensivo é passageiro
Pois como dizem,
Mulher,
Só o teu amor é verdadeiro

Deu-me tanta proteção
Que agora me vejo fraco quase sem ação
Mulher,
Por que não fez como as águias?
Tirasse-me pra fora do ninho de espinhos
Me joga-se lá do alto
Na queda em direção ao perigo encontraria meu caminho

Mulher, eu venho lhe dizer
Um dia sairei do ninho do alto do rochedo
E voarei alto e alto
Deixando aquilo que pôs em meu peito, o medo





Robson Silva.

"Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite."
Clarice Lispector










Robson Silva.


 




Você sabe o que estou passando? Não?

Então, por favor: não faça julgamentos precipitados.
Não suponha. Não presuma. Não tenha a pretensão de que com um simples olhar, você possa vislumbrar o leque de infinitas possibilidades que compõem o meu ser.
Sou muito mais do que os seus olhos podem ver!
Sou muito mais do que as meras palavras podem explicar!
Sou um indivíduo único, um fenômeno além da imaginação!
Sou algo extremamente complexo e ao mesmo tempo, absurdamente simples!
Sou como você e ao mesmo tempo, completamente diferente.
Não me subestime... tenho muito à ensinar e mais ainda à aprender.
Da próxima vez que olhar para alguém, pense bem... permita-se ir além dos conceitos e preconceitos para poder enxergar o mundo e as pessoas com outros olhos.

Experimente... você pode se surpreender!
 
 
 
Robson Silva.

Você não me conhece

"Eu vou te contar que você não me conhece...
E eu tenho que gritar isso
porque você está surdo e não me ouve!
A sedução me escraviza à você...
Ao fim de tudo você permanece comigo,
mas preso ao que eu criei e não à mim.
E quanto mais falo sobre a verdade inteira,
um abismo maior nos separa...
Você não tem um nome, eu tenho.
Você é um rosto na multidão ,
e eu sou o centro das atenções.
Mas a mentira da aparência do que eu sou
e a mentira da aparência do que você é,
por que eu, eu não sou o meu nome,
e você não é ninguém.
O jogo perigoso que eu pratico aqui,
ele busca chegar ao limite possível de aproximação.
Através da aceitação da distância
e do reconhecimento dela...
Entre eu e você existe a notícia, que nos separa...
Eu quero que você me veja à mim,
eu me dispo da notícia.
E a minha nudez parada te denuncia e te espelha...
Eu me delato, tu me relatas...
Eu nos acuso e confesso por nós.
Assim, me livro das palavras
com as quais você me veste..."
(Fauzi Arap)







Robson Silva.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Já era noite quando pela janela eu olhava o mundo, o horizonte, por minutos fiquei observando, vivendo de olhares fixos para as coisas, no formato em que elas giram e se determinam.
Cada pedaço tem seu formato, cada canto tem seu lugar e cada um de nós temos nosso olhar preciso ou inpreciso, desnaturado e louco.
Meu mundo é imenso, nele é tudo por e pelo acaso, é tudo tão rápido que as vezes me percebo que não sou notório diante deste que vivo, meus conceitos revisam e pela janela diante dos meus olhos o mundo não se define, não caminha na direção certa deixando a desejar diante do que se vê.






Robson Silva.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Procuro esconderijo

E se ele chora, procura a solidão, como o ar procura o chão...Seu pensamento é sem razão, seu esconderijo ?
Chora sim, um menino, seu esconderijo ?
As nuvens desce ou ele sobe ?
Chorando perdido, meio desligado, os pés nem sente no chão, suas amiguinhas são nuvens, verdadeiramente brancas como algodão, fazem o dormir, pra tentar esquecer a solidão, sobe o menino até as nuvens, procurando voar alto, em busca da felicidade, as nuvens não desceriam, se a caso acontecesse o menino prometeria o céu.




''Procuro a solidão, como o ar procura o chão, como a chuva só desmancha, pensamento sem razão, procuro esconderijo''.....





Robson Silva.

Apenas um motivo

Esses são apenas os primeiros passos...

é só observar pela janela...

o mundo lá fora vibra...

num pulsar inquietante...

de palavras e sentimentos...

q saltam do peito...

quero buscar o mundo...

eu só preciso de um motivo...

apenas um motivo...



Robson Silva.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas
que passam por suas vidas.





Robson Silva.