sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Para quem se sente sozinho…


Hoje.
Uma lua universo no quarto crescente de um abraço concluído.
Hoje…
A equação dos afetos desgarrados nos passos perdidos das razões solidárias…
Divisão de resto zero no desapego do dar…só porque sim!
Onde estou,
Só…
Hoje.
Que me ofertem oceanos,
Razões claras e turvas, que assim possa destrinçar nos remoinhos da alma untuosa o arbítrio do ser livre que me quero dar inteiro
...
Hoje.
Porque os beijos como conchas são hospedeiros da servidão, no ocaso do altruísmo…
Porque os afagos desertores são espinhos de rosas violadas onde se ilude o amor...
Magoam como cancros.
Para quem se sente sozinho…
Hoje.
Há um caldo de lume e sangue!
Eterno e assim esperança…
Que passa erudito a poente do coração… e incrimina a terra queimada de amplos quartos vazios, que acreditam no beijo livre a montante de um abraço inteiro.
Silêncio…
Que vejo as ruas já com gente, todas de braços abertos numa corrente de alegria.
Irmãos dos homens todos brotam da terra como lava numa estátua de abraços justos…
Onde estou,
Só…
Hoje.
Abstraído do que me corrompe.
A vencer a lágrima que é próxima, incrível como a saudade num amplo quarto vazio…
Concluo o meu abraço aos mundos da solidão que choram amarfanhados na terra seca da vida.
Meu carinho como pão seja alimento e companhia, que me quero dar inteiro…
Para quem se sente sozinho…
Hoje.
Um abraço…porque sim!




Robson Silva.

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