sábado, 10 de setembro de 2011


"Fez tanto luar 
que pensei nos teus olhos antigos, 
e nas tuas antigas palavras. 
O vento trouxe de longe tantos lugares em que estivemos, 
que tornei a viver contigo enquanto o vento passava. 
Houve uma noite que cintilou sobre o teu rosto e modelou tua voz entre as algas. 
Eu moro desde então nas pedras frias que o céu protege, 
e estudo apenas o ar e as águas. 
Coitado de quem pôs sua esperança nas praias fora do mundo, 
muda-se o ar, viram-se as águas. 
Até mesmo as pedras com o tempo mudam..." 




Cecilia Meireles



Robson Silva.

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